Resoluções de Jonathan Edwards (1722-1723)

(Por Jonathan Edwards)

Estando ciente de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem a ajuda de Deus, humildemente Lhe rogo que, através de Sua graça, me capacite a cumprir fielmente estas resoluções, enquanto elas estiverem dentro da Sua vontade, em nome de Jesus Cristo.

Lembra de ler estas resoluções uma vez por semana.

1. Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar.

2. Resolvi permanecer na busca contínua de novas maneiras para poder promover as resoluções acima mencionadas.

3. Resolvi arrepender-me, caso eu um dia me torne menos responsável no tocante a estas resoluções, negligenciando uma ínfima parte de qualquer uma delas e confessar cada falha individualmente assim que cair em mim.

4. Resolvi, também, nunca negar alguma maneira ou coisa difícil, seja no corpo ou na alma, menos ou mais, que leve à glorificação de Deus; também não sofrê-la se tiver como evitá-la.

5. Resolvi jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível.

6. Resolvi viver usando todas minhas forças enquanto viver.

7. Resolvi jamais fazer alguma coisa que eu não faria, se soubesse que estava vivendo a última hora da minha vida.

8. Resolvi ser a todos os níveis, tanto no falar como no fazer, como se não houvesse ninguém mais vil que eu sobre a terra, como se eu próprio houvesse cometido esses mesmos pecados ou apenas sofresse das mesmas debilidades e falhas que todos os outros; também nunca permitirei que o tomar conhecimento dos pecados dos outros me venha trazer algo mais que vergonha sobre mim mesmo e uma oportunidade de poder confessar meus próprios pecados e miséria a Deus.

9. Resolvi pensar e meditar bastante e em todas as ocasiões sobre minha própria morte e sobre circunstâncias relacionadas com a morte.

10. Resolvi, sempre que experimentar e sentir dor, relacioná-la com as dores do martírio e também com as do inferno.

11. Resolvi que sempre que pense em qualquer enigma sobre a salvação, fazer de tudo imediatamente para resolvê-lo e entendê-lo, caso nenhuma circunstância me impeça de fazê-lo.

12. Resolvi, assim que sentir um mínimo de gratificação ou deleite de orgulho ou de vaidade, eliminá-lo de imediato.

13. Resolvi nunca cessar de buscar objectos precisos para minha caridade e liberalidade.

14. Resolvi nunca fazer algo em forma de vingança.

15. Resolvi nunca sofrer nenhuma das mais pequenas manifestações de ira vinda de seres irracionais.

16. Resolvi nunca falar mal de ninguém, de forma tal que afete a honra da pessoa em questão, nem para mais nem para menos honra, sob nenhum pretexto ou circunstância, a não ser que possa promover algum bem e que possa trazer um real benefício.

17. Resolvi viver de tal forma como se estivesse sempre vivendo o meu último suspiro.

18. Resolvi viver de tal forma, em todo o tempo, como vivo dentro dos meus melhores padrões de santidade privada e daqueles momentos que tenho maior clarividência sobre o conteúdo de todo o evangelho e percepção do mundo vindouro.

19. Resolvi nunca fazer algo de que tenha receio de fazer uma hora antes de soar a última trombeta.

20. Resolvi manter a mais restrita temperança em tudo que como e tudo quanto bebo.

21. Resolvi nunca fazer algo que possa ser contado como justa ocasião para desprezar ou mesmo pensar mal de alguém de quem se me aperceba algum mal.

(Resoluções 1 a 21 foram escritas em New Haven em 1722)

22. Resolvi esforçar-me para obter para mim mesmo todo bem possível do mundo vindouro, tudo quanto me seja possível alcançar de lá, com todo meu vigor em Deus – poder, vigor, veemência, violência interior mesmo, tudo quanto me seja possível aplicar e admoestar sobre mim de qualquer maneira que me seja possível pensar e aperceber-me.

23. Resolvi tomar ação deliberada e imediata sempre que me aperceber que possa ser tomada para a glória de Deus e que possa devolver a Deus Sua intenção original sobre nós, Seu desígnio inicial e Sua finalidade. Caso eu descubra, também, que em nada servirá a glória de Deus exclusivamente, repudiarei tal coisa e a terei como uma evidente quebra da quarta resolução.

24. Resolvi que, sempre que encetar e cair por um caminho de concupiscência e mau, voltar atrás e achar sua origem em mim, tudo quanto origina em mim tal coisa. Depois, encetar por uma via cuidadosa e precisa de nunca mais tornar a fazer o mesmo e de orar e lutar de joelhos e com todas as minhas forças contra as origens de tais ocorrências.

25. Resolvi examinar sempre cuidadosamente e de forma constante e precisa, qual a coisa em mim que causa a mínima dúvida sobre o verdadeiro amor de Deus para direcionar todas as minhas fortalezas contra tal origem.

26. Resolvi abater tais coisas, a medida que as veja abatendo minha segurança.

27. Resolvi nunca omitir nada de livre vontade, a menos que essa omissão traga glória a Deus; irei, então e com frequência, rever todas as minhas omissões.

28. Resolvi estudar as Escrituras de tal modo firme, preciso, constante e frequente que me seja tornado possível e que me aperceba em mim mesmo de que estou crescendo no conhecimento real das mesmas.

29. Resolvi nunca ter como uma oração ou petição, nem permitir que passe por oração, algo que seja feito de tal maneira ou sob tais circunstâncias que me possam privar de esperar que Deus me atenda. Também não aceitarei como confissão algo que Deus não possa aceitar como tal.

30. Resolvi extenuar-me e esforçar-me ao máximo de minha capacidade real para, a cada semana, ser levado a um patamar mais real de meu exercício religioso, um patamar mais elevado de graça e aceitação em Deus, do que tive na semana anterior.

31. Resolvi nunca dizer nada que seja contra alguém, exceto quando tal coisa se ache de pleno acordo com a mais elevada honorabilidade evangélica e amor de Deus para com a sua humanidade, também de pleno acordo com o grau mais elevado de humildade e sensibilidade sobre meus próprios erros e falhas e de pleno acordo àquela regra de ouro celestial; e, sempre que disser qualquer coisa contra alguém, colocar isso mesmo mediante a luz desta resolução convictamente.

32. Resolvi que deverei ser estrita e firmemente fiel à minha confiança, de forma que o provérbio 20:6 “ Mas, o homem fiel, quem o achará? ” não se torne nem mesmo parcialmente verdadeiro a meu respeito.

33. Resolvi, fazer tudo que poderei fazer para tornar a paz acessível, possível de manter, de estabelecer, sempre que tal coisa nunca possa interferir ou inferir contra outros valores maiores e de aspectos mais relevantes. 26 de Dezembro de 1722

34. Resolvi nada falar que não seja inquestionavelmente verídico e realmente verdadeiro em mim.

35. Resolvi que, sempre que me puser a questionar se cumpri todo meu dever, de tal forma que minha serenidade e paz de espírito sejam ligeiramente perturbadas através de tal procedimento, colocá-lo diante de Deus e depois verificar como tal problema foi resolvido. 18 de Dezembro 1722

36. Resolvi nunca dizer nada de mal sobre ninguém que seja, a menos que algum bem particular nasça disso mesmo. 19 de Dezembro de 1722

37. Resolvi inquirir todas as noites, ao deitar-me, onde e em quais circunstancias fui negligente, que atos cometi e onde me pude negar a mim mesmo. Também farei o mesmo no fim de cada ano, mês e semana. 22 e 26 de Dezembro de 1722

38. Resolvi nunca mais dizer nada, nem falar, sobre algo que seja ridículo, esportivo ou questão de zombaria no dia do Senhor. Noite de Sábado, 23 de Dezembro de 1722

39. Resolvi nunca fazer algo que possa questionar sobre sua lealdade e conformidade à lei de Deus, para que eu possa mais tarde verificar por mim se tal coisa me é lícito fazer ou não. A menos que a omissão de questionar me seja tornada lícita.

40. Resolvi inquirir cada noite de minha existência, antes de adormecer, se fiz as coisas da maneira mais aceitável que eu poderia ter feito, em relação a comer e beber. 7 de Janeiro de 1723

41. Resolvi inquirir de mim mesmo no final de cada dia, de cada semana, mês e ano, onde e em que áreas poderia haver feito melhor e mais eficazmente. 11 de Janeiro 1723

42. Resolvi que, com frequência renovarei minha dedicação de mim mesmo a Deus, o mesmo voto que fiz em meu bptismo, o qual recebi quando fui recebido na comunhão da igreja e o qual reassumo solenemente neste dia 12 de Janeiro, 1722-23.

43. Resolvi que a partir daqui, até que eu morra, nunca mais agirei como se me pertencesse a mim mesmo de algum modo, mas inteiramente e sobejamente pertencente a Deus, como se cada momento de minha vida fosse um normal dia de culto a Deus. Sábado, 12 de Janeiro de 1723.

44. Resolvi que nenhuma área desta vida terá qualquer influencia sobre qualquer de minhas ações; apenas a área da vivência para Deus. E que, também, nenhuma ação ou circunstância que seja distinta da religião seja a que me leve a concretizar. 12 de Janeiro de 1723

45. Resolvi também que nenhum prazer ou deleite, dor, alegria ou tristeza, nenhuma afeição natural, nem nenhuma das suas circunstâncias co-relacionadas, me seja permitido a não ser aquilo que promova a piedade. 12 e 13 de Janeiro e 1723

46. Resolvi nunca mais permitir qualquer medida de qualquer forma de inquietude e falta de vontade diante de minha mãe e pai. Resolvi nunca mais sofrer qualquer de seus efeitos de vergonha, muito menos alterações de minha voz, motivos e movimentos de meu olhar e de ser especialmente vigilante acerca dessas coisas quando relacionadas com alguém de minha família.

47. Resolvido a encetar tudo ao meu alcance para me negar tudo quanto não seja simplesmente disposto e de acordo com uma paz benévola, universalmente doce e meiga, repleta de quietude, hábil, contente e satisfeita em si mesma, generosa, real, verdadeira, simples e fácil, cheia de compaixão, industriosa e empreendedora, cheia de caridade real, equilibrada, que perdoa, formulada por um temperamento sincero e transparente; e também farei tudo quanto tal temperança e temperamento me levar a fazer. Examinarei e serei severo e acutilante nesse exame cada semana se por acaso assim fiz e pude fazer. Sábado de manhã, 5 Maio de 1723

48. Resolvi a, constantemente e através da mais acutilante beleza de caráter, empreender num escrutínio e exame minucioso e muito severo, para constatar e olhar qual o estado real de toda a minha alma, verificando por mim mesmo se realmente mantenho um interesse genuíno e real por Cristo ou não; e que, quando eu morrer não tenha nada de que me arrepender a respeito de negligências deste tipo. 26 de Maio de 1723

49. Resolvi a que tal coisa (de não ter afeto por Cristo) nunca aconteça, se eu a puder evitar de alguma maneira.

50. Resolvi que, sempre agirei de tal maneira, que julgarei e pensarei como o faria dentro do mundo vindouro apenas. 5 de Julho de 1723

51. Resolvi que, agirei de tal forma em todos os sentidos, como iria desejar haver feito quando me achasse numa situação de condenação eterna. 8 de Julho de 1723

52. Eu, com muita frequência, ouço pessoas duma certa idade avançada falarem como iriam viver suas vidas de novo caso lhes fosse dada uma segunda oportunidade de a tornarem a viver. Eu resolvi viver minha vida agora e já, tal qual eu fosse desejar vivê-la caso me achasse em situação de desejar vivê-la de novo, como eles, caso eu chegue a uma sua idade avançada como a sua. 8 de Julho de 1723

53. Resolvi apetrechar e aprimorar cada oportunidade, sempre que me possa achar num estado de espírito sadio e alegremente realizado, para me atirar sobre o Senhor Jesus numa reentrega também, para confiar nEle, consagrando-me a mim mesmo inteiramente a Ele também nesse estado de espírito; que a partir dali eu possa experimentar que estou seguro e assegurado, sabendo que persisto a confiar no meu Redentor mesmo assim. 8 de Julho de 1723

54. Sempre que ouvir falar algo sobre alguém que seja digno de louvor e dignificante e o possa ser em mim também, resolvi tudo encetar para conseguir o mesmo em mim e por mim. 8 de Julho de 1723

55. Resolvi tudo fazer como o faria caso já tivesse experimentado toda a felicidade celestial e todos os tormentos do inferno. 8 de Julho de 1723

56. Resolvi nunca desistir de vencer por completo qualquer de minhas veleidades corruptas que ainda possam existir, nem nunca tornar-me permissivo em relação ao mínimo de suas aparências e sinais, nem tão pouco me desmotivar em nada caso me ache numa senda de falta de sucesso nessa mesma luta.

57. Resolvi que, quando eu temer adversidades ou maus momentos, irei examinar-me e ver se tal não se deve a: não ter cumprido todo meu dever e cumprir a partir de então; e permitir que tudo o mais em minha vida seja providencial para que eu possa apenas estar e permanecer inteiramente absorvido e envolvido com meu dever e meu pecado diante de Deus e dos homens. 9 de Junho e 13 de Julho de 1723

58. Resolvi a não apenas extinguir nem que seja algum leve ar de antipatia, simpatia fingida que encobre meu estado de espírito, impaciência em conversação, mas também e antes poder exprimir um verdadeiro estado de amor, alegria e bondade em todos os meus aspectos de vida e conversação. 27 de Maio e 13 de Julho de 1723

59. Resolvi que, sempre que me achar consciente de provocações de má natureza e de mau espírito, que me esforçarei para antes evidenciar o oposto disso mesmo, em boa natureza e maneira; sim, que em tempos tal qual esses, manifestar a boa natureza de Deus, achando, no entanto, que em algumas circunstâncias tal comportamento me traga desvantagens e que, também, em algumas outras circunstâncias, seja mesmo imprudente agir assim. 12 de Maio, 2 e 13 de Julho

60. Resolvi que, sempre que meus próprios sentimentos comecem a comparecer minimamente desordenados, sempre que me tornar consciente da mais ligeira inquietude interior, ou a mínima irregularidade exterior, me submeterei de pronto à mais estrita e minuciosa examinação e avaliação pessoal. 4 e 13 de Julho de 1723

61. Resolvi que a falta de predisposição nunca me torne relaxado nas coisas de Deus e que nunca consiga retirar minha atenção total de estar plenamente fixada e afixada só em Deus, exista a desculpa que existir para me tentar; tudo que a fala de predisposição me instiga a fazer, abre-me o caminho do oposto para fazer. 21 de Maio e 13 de Julho de 1723

62. Resolvi a nunca fazer nada a não ser como dever; e, depois, de acordo com Efésios 6:6-8, fazer tudo voluntariosamente e alegremente como que para o Senhor e nunca para homem; “ Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo bem que fizer”. 25 de Junho e 13 de Julho 1723

63. Supondo que nunca existiu nenhum indivíduo neste mundo, em nenhuma época do tempo, que nunca haja vivido uma vida cristã perfeita em todos os níveis e possibilidades, tendo o Cristianismo sempre brilhante em todo o seu esplendor, e parecendo excelente e amável, mesmo sendo essa vida observada de qualquer ângulo possível e sob qualquer pressão, eu resolvi agir como se pudesse viver essa mesma vida, mesmo que tenha de me esforçar no máximo de todas as minhas capacidades inerentes e mesmo que fosse o único em meu tempo. 14 De Janeiro e 3 de Julho de 1723

64. Resolvi que quando experimentar em mim aqueles “gemidos inexprimíveis”, Romanos 8:26, os quais o Apóstolo menciona e dos quais o Salmista descreve como, “ A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças a todo o tempo ”, Salmos 119:20, que os promoverei também com todo vigor existente em mim e que não me “cansarei” (Isaías 40:31) no esforço de dar expressão a meus desejos tornados profundos nem me cansarei de repetir esses mesmos pedidos e gemidos em mim, nem de o fazer numa seriedade contínua. 23 De Julho e 10 de Agosto de 1723

65. Resolvi que, me tornarei exercitado em mim mesmo durante toda a minha vida, com toda a franqueza que é possível, a sempre declarar meus caminhos a Deus e abrir toda a minha alma a Ele: todos os meus pecados, tentações, dificuldades, tristezas, medos, esperanças, desejos e toda outra coisa sob qualquer circunstância. Tal como o Dr. Manton diz em seu sermão nr.27, baseado no Salmo 119. 26 De Julho e 10 de Agosto, 1723

66. Resolvi que, sempre me esforçarei para manter e revelar todo o lado benigno de todo semblante e modo de falar em todas as circunstâncias de toda a minha vida e em qualquer tipo de companhia, a menos que o dever de ser diferente exija de mim que seja de outra maneira.

67. Resolvi que, depois de situações aflitivas, avaliarei em que aspectos me tornei diferente por elas, em quais aspectos melhorei meu ser e que bem me adveio através dessas mesmas situações.

68. Resolvi confessar abertamente tudo aquilo em que me acho enfermo ou em pecado e também confessar todos os casos abertamente diante de Deus e implorar a necessária condescendência e ajuda dele até nos aspectos religiosos. 23 de Julho e 10 de Agosto de 1723

69. Resolvi fazer tudo aquilo que, vendo outros fazerem, eu possa haver desejado ter sido eu a fazê-lo. 11 de Agosto de 1723

70. Que haja sempre algo de benevolente toda vez que eu fale. 17 De Agosto, 1723

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Original: http://www.jonathanedwards.com/text/Personal/resolut.htm

Tradução livre: José Mateus (Portugal)
Revisado por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Julho/2004

Extraído de:

http://www.monergismo.com/textos/vida_piedosa/70resolucoes_edwards.htm

Ano Novo, Vida (online) Nova

Primeiramente, nos desculpem pelo imenso atraso! Esse é um post relativamente grande, então reserve aí uns 5 a 10 minutos para ler e refletir e, claro, discordar! =)

Há algumas semanas fizemos a última escola bíblica desse ano na nossa igreja e conversamos sobre nossas vidas virtuais como cristãos. A conversa rendeu bastante e gostaríamos de trazer o nosso ponto de vista sobre algumas dessas discussões aqui para o blog.

Nossos perfis nas redes sociais são a imagem que passamos para os outros. E nós nos preocupamos muito com isso. Procuramos postar fotos perfeitas que mostrem o quanto somos bonitos, prósperos e cheios de amigos, tweetar frases engraçadas e inteligentes ou compartilhar notícias que mostrem o quanto somos antenados e cheios de conteúdo. Mas será que essas coisas têm refletido a Glória de Cristo? Será que temos usado nossas redes sociais para cumprir nossa missão de anunciar o Evangelho?

Talvez um grande problema seja que o foco da nossas publicações não esteja Cristo, mas sim em nós mesmos. Queremos nos sentir aceitos e amados por outras pessoas e acabamos reproduzindo comportamentos que são aprovados pela sociedade mas reprovados por Deus.

Um primeiro exemplo disso tudo podem ser nossas fotos. E esse pode ser um problema particularmente grande para as meninas. Fotos de biquíni, com largos decotes ou em poses sensuais provavelmente vão te render muitas curtidas e comentários cheios de elogios (e malícia) que vão massagear seu ego, mas, por mais que você ache que são “apenas fotos” ou “elogios inocentes” elas podem despertar cobiça e desejo, sentimentos muito destrutivos, como adverte o apóstolo Paulo: “Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual nem de qualquer espécie de impureza nem de cobiça; pois estas coisas não são próprias para os santos” (Efésios 5:3). Para os meninos talvez o problema maior seja a reação a essas fotos. Curtir ou elogiar é incentivar esse tipo de comportamento e leva muitas meninas a permanecerem no erro.

Outra questão que talvez passe despercebida para muitos é o conteúdo de piadas ou trechos de músicas que você compartilha ou tweeta. Piadinhas picantes ou de duplo sentido, trechos de música com conotação sexual podem ser uma grande cilada, estimulando pensamentos e atitudes impuras que te levam para longe de Deus. Paulo também fala sobre isso: “Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças.” (Efésios 5:4).

As páginas que você curte, as conversas que têm (especialmente no chat, onde ninguém parece estar olhando), as opiniões que compartilha (e o modo como você as compartilha)… Tudo isso pode ser instrumento de edificação ou de destruição.

Particularmente, gostaríamos de abordar dois lados dessa questão.

1 – O que suas redes sociais dizem para os outros

Quando alguém acessa seu perfil, conversa com você, vê suas fotos, será que essa pessoa vê um cristão, alguém que realmente busca ser parecido com Jesus para refletir o amor e a graça do Pai?

Independente da nossa vontade, todas as nossas atitudes vão ser vistas como testemunho da fé que professamos. Por isso é tão importante pensar no impacto que suas atitudes (reais e virtuais) têm na vida das pessoas. Nossas atitudes não devem servir como pedra de tropeço para nossos irmãos, nem afastar aqueles que ainda não conhecem a Jesus. Ao contrário, devemos fortalecer uns aos outros e ter atitudes que levem a nós e todos ao nosso redor para mais perto de Cristo.

2 – O que suas rede sociais dizem para você mesmo?

Pode ser complicado fazer um auto-exame quando estamos envolvidos demais em nossos erros ou debaixo da falsa proteção do que é socialmente aceitável (segundo o mundo). Mas devemos nos lembrar que os padrões desse mundo não agradam a Deus. Ainda que muitas pessoas postem ou curtam fotos sensuais, piadas maliciosas, músicas atrevidas, isso não valida esses comportamentos à luz dos ensinamentos bíblicos.

Talvez uma boa olhada em nossos posts, fotos e tweets possa revelar que nossos pensamentos e atitudes não têm sido tão puros e inocentes quanto imaginamos e nos dar uma ideia mais clara de quem realmente temos sido e que mensagem temos levado aos outros.

Por fim, fica o desafio: Faça uma limpeza em suas redes sociais, mas não de forma mecânica. Olhe com atenção seus posts e fotos, tente imaginar qual é a impressão que as pessoas têm ao olhar aquele conteúdo.

Aproveitemos esse clima de renovação tão natural dessa época no ano para sermos renovados por Cristo tanto em nossas vidas reais quanto em nossas vidas virtuais.

“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus.” (Efésios 5:1-2)

Que Deus nos abençoe,

Sarah e Gabriel

Temor, tremor e alegria

No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo.
Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam.
E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos.
Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.
Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.

(Isaías 6:1-9)

Assim escreve Leonard Ravenhill sobre esta passagem em seu livro “Por que tarda o pleno avivamento?”:

Isaías teve uma visão em três dimensões. (…) Seu olhar se dirigiu para o alto: viu o Senhor; para dentro de si: viu a si mesmo; e para fora: viu o mundo.

Sua visão tinha altura: viu o Senhor alto e sublime; profundidade: viu as profundezas de seu coração; e largura: viu o mundo.

Foi uma visão da santidade. Ó amados, como nossa geração precisa ter uma visão de Deus em toda a sua santidade! E foi uma visão da iniquidade: “Estou perdido! de lábios impuros!” E foi uma visão do desalento divino, implícito nas palavras: “Quem há de ir por nós?”

Quero ir um pouco adiante. Diante desta visão – não literal, mas da imagem e do conhecimento de um Deus Santo e Todo Poderoso, da nossa nulidade e miserabilidade perante Ele e do mundo corrompido e perdido que nos cerca – diante disto, você tem a opção de permanecer indiferente ou de temer e tremer. A indiferença é sempre um sentimento perigoso. Se este é o seu caso, e você ama a Deus, então sugiro que se ajoelhe e clame por Ele.

Agora, se há temor e tremor, aleluia! Mas, aqui também há dois caminhos que podem ser seguidos. Toda esta visão pode tanto abater a sua alma quanto enchê-la de verdadeira alegria. Se, ao tomar conhecimento de quem é Deus, quem é você e qual a condição do mundo, você entender que está perdido e que não há esperança, então sua alma implodirá em amargura. Se, mesmo crendo na soberania e na bondade de Deus e na salvação por meio do sacrifício de Jesus Cristo, você se entregar ao desânimo de se enxergar incapaz de mudar, de ser transformado, santificado; se for incapaz de orar pela transforamção e salvação de uma humanidade completamente perdida; se não puder olhar para o Senhor e ver o motivo da sua esperança, então sua alma se tornará um poço de tormento.

Eu sei que este não o desejo do coração de Deus. Jesus disse que veio para que nossa alegria fosse completa (João 15:11). Alegria é um fruto do Espírito (Gálatas 5:22). O apóstolo Paulo nos exorta: “Alegrem-se sempre no Senhor! Outra vez direi: Alegrem-se!” (Filipenses 4:4) Por que, então, seria diferente disto?

Diante daquela visão, entendendo quem Deus é, quem somos e qual a condição do mundo, devemos dar graças e mais graças e nos alegrar porque Deus ofereceu salvação! Ele nos amou tanto que deu Seu único filho para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha vida eterna! Ele não exigiu nada de nós, a não ser fé! Eu não posso fazer nada para ser salvo nem para agradar a Deus e, ainda assim, Ele me salva! Aleluia! Eu quero engrandecer o nome desse Deus! Quero amá-Lo, louvá-Lo, adorá-Lo! Quero fazer a vontade Dele! Quero espalhar esse amor por aí, contar tudo o que Ele é e o que Ele fez!

É terrível pra mim decepcioná-Lo, errar vez após vez e mesmo desebodecê-Lo. É terrível pra mim, por vezes, não me alegrar fazendo a vontade Dele. Mas, sei que isto é uma jornada. Meus olhos não estão aqui. Minha alma continua alegre porque sei que o Espírito Santo de Deus habita em mim e está fazendo uma obra que só vai terminar quando Jesus Cristo voltar para reinar aqui. Há santificação. Estou sendo tratado e o Espírito Santo tem poder para me livrar dos pecados. A cada dia caminho para mais perto de onde estão meus olhos, e meus olhos estão em Cristo.

Por isso, a minha alma se alegra!

E a sua alma, está alegre?

Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor. (Salmos 2:11)

Dois e dois são quatro

Você sabe o que é duplipensar? Em 1948 foi publicada uma grande obra de ficção escrita por George Orwell chamada 1984. Neste livro o autor apresenta a sua visão sobre o futuro.

De acordo com Orwell, duplipensar pode ser definida como a capacidade de acreditar em duas ideias que sejam completamente contraditórias. No livro tal característica foi exemplificada através dos trabalhadores do Ministério da Verdade, os quais falsificavam documentos históricos de modo a “reescrever” os fatos e criar uma nova realidade, ao mesmo tempo em que acreditavam nessa nova realidade que estava sendo criada.

Recentemente encontrei um site que dizia que a religião era a principal entidade que utilizava o duplipensar para fazer com que as pessoas acreditassem nela. Em um vídeo, eram apresentados diversos pontos da história do cristianismo e da bíblia que tinham supostas contradições entre si. Por exemplo, o autor do vídeo alega que os cristãos dizem que Deus é um Deus de bondade e amor e ao mesmo tempo a bíblia o apresenta como um ser cruel, caprichoso, vingativo e imoral.

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Lá embaixo

“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.

(…)

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”

(Romanos 3:10;23)

O pecado nos nivela por baixo. Não há um justo sequer. Ninguém pode chegar diante de Deus e dizer: “Fiz um bom trabalho, Deus. Fui uma boa pessoa. Pode me deixar entrar no Paraíso.” Isto é loucura. Ninguém é salvo por mérito próprio. A salvação é pela graça de Deus, pela fé em Jesus Cristo. A obra é toda Dele. É o sangue de Cristo derramado na cruz que nos torna justos diante de Deus. Apenas isto e nada mais.

Mas, este não é um texto sobre salvação. É sobre vida, relacionamento e sociedade. É sobre como vemos o outro – e isto tem a ver com a maneira como vemos a nós mesmos e como vemos a Deus. De fato, este é um texto sobre enxergar.

Enxergar é sempre uma questão de perspectiva. Uma montanha pode ser algo grandioso se a estivermos encarando a partir de sua base, mas também pode ser um mero detalhe na paisagem se estivermos a quilômetros de distância. E é a mesma coisa em relação à maneira como enxergamos tudo ao nosso redor, inclusive as outras pessoas. Tudo o que vemos terá uma imagem distinta dependendo do nosso ponto de observação.

Como cristão, a minha busca é que meu ponto de partida seja sempre Deus. É a partir Dele que eu procuro enxergar tudo. A partir do meu relacionamento com Ele, do que aprendo com a Sua Palavra, procuro tirar meus olhos da minha perspectiva de mundo para olhar a partir da posição em que Ele se encontra. Fazendo isto, tenho muito mais capacidade para entender um mundo que não é meu, que não funciona a partir de mim e nem para mim, mas que é criação Dele e subsiste Nele. Eu sou apenas um pedacinho de nada e olhar a partir de Deus me ajuda a entender primeiramente quem eu sou.

Então, começando em Deus, eu entendo o que é o mundo e o que eu sou. E eu sou nada. Criatura infinitamente inferior ao Criador infinito. Com meus olhos em Deus eu me vejo lá embaixo. E não estou só. Todos os seres humanos estão comigo. Somos todos nada. Todos nivelados por baixo porque entre nós e Deus não está apenas a distância da criação, mas também o pecado.

Mas, com meus olhos em Deus, não enxergo apenas. Também sinto. Olhando para baixo, Ele nos amou e ofereceu salvação. Por amor e graça, ofereceu misericórdia e perdão. Criaturas desprezíveis que mereciam a morte – “Eu sou um deles! Um dos piores!” – são vistas com olhos de amor. O amor fez surgir a esperança.

Então eu olho para cada um daqueles que estão do meu lado. Gente que faz coisas terríveis. Gente que nem é tão ruim quanto eu. Gente que erra querendo acertar. Gente que já foi lavada pelo sangue de Jesus. Gente que não tem a menor ideia de quem seja Jesus. Todos lá embaixo.

E com meus olhos lá em cima, Ele me diz: “Meu Espírito agora habita em você. Você agora tem acesso a mim. Seus pecados foram perdoados e o Meu Espírito é poder em você para abandoná-los. Você ainda vai errar, mas sua vida agora é outra porque Eu estou preparando você para viver comigo na Glória eterna. Você é Meu amado. Mas, você é aquele lá. Não se esqueça disto. Sou eu quem tira você da lama. Você é igual a todos.”

Estamos todos lá embaixo. Sem a cruz, estamos todos igualmente distantes de Deus e, portanto, igualmente mortos. Quem me tira da morte é Jesus e Ele, somente Ele – “Nunca eu! Nunca!” – me eleva. Mas, não me eleva para a minha glória. Ele me eleva para a Glória de Deus, para mais próximo do Pai.

Portanto, a arrogância, a prepotência, a intolerância, a indiferença, nada disso faz sentido quando se enxerga o mundo a partir de Deus. Com os olhos Nele, enxergo todos os que estão mortos como eu estava e os amo! – “Eu sei qual é a cura! Por favor, me ouçam!” – Eu sei que um andar errático pode ser corrigido e tenho braços para acolher e perdão para oferecer. Somos iguais na essência, criados à imagem e semelhança de Deus e escravizados pelo pecado. Mesmo o que foi liberto por Cristo tem a mesma imperfeição de ainda ser carne como eu. Eu o enxergo como Deus me enxerga. Estamos debaixo da mesma graça. – “Aleluia!” – Se você errar, eu o ajudo. Se eu errar, me perdoe, por favor, e me ajude.

Melhor do que enxergar o outro a partir dele mesmo é enxergar o outro a partir de Deus.

O Bem-Sucedido (part. 2)

Desculpem pelo atraso do atraso! Prometemos o post no Sábado mas acabamos nos enrolando. Finalmente, aqui vamos nós!

Como eu disse no post anterior (o qual tem uma música que você deve ouvir!!!), na nossa reunião semanal de adolescentes nós falamos sobre o que é ser “bem-sucedido” para cada um. Talvez seja óbvio que lemos a parábola do Rico Insensato:

Então lhes contou esta parábola: “A terra de certo homem rico produziu muito bem.
Ele pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’.
“Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens.
E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’.
“Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou? ’
“Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus”.
Lucas 12:16-21 (NVI)

Eu sempre que lia essa parábola ficava aliviado! Eu dizia a mim mesmo “Graças a Deus eu não sou como esse cara… Nem ligo para ser rico! Tantas pessoas como ele, que só querem saber de dinheiro. Eu, não! Eu quero ter minha esposa, meus filhos, minha casa, um trabalho que me agrade, meu…”

Você já percebeu quantas vezes pronomes possessivos (meu, minha) aparecem no monólogo do Rico Insensato?

Foi aí que eu me dei conta de que o meu discurso sobre ser “bem-sucedido” é igual ao do Rico Insensato! Mas enquanto ele queria ter muito dinheiro, eu queria ter o que eu considerava que seria bom para mim.

“Você tá dizendo que é errado eu querer ter minha família, ter uma boa carreira profissional, ter dinheiro, etc?”

Não, querer ter essas coisas não é errado. O problema não é você querer ou ter dinheiro e todas essas outras coisas: o problema é quando o seu coração está voltado para isso!

“Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam.
Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam.
Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.”
Mateus 6:19-21 (NVI)

Quando Jesus fala para não acumularmos tesouros aqui, Ele não está falando: “Sejam pobres. Não busquem sucesso profissional. Não tenham riquezas!”. O que Ele queria dizer é que se você considera alguma dessas coisas mais importantes que o Reino de Deus, o seu coração está colocado no lugar errado. “Um servo não pode servir a dois senhores, pois odiará a um e amará o outro”, logo, você não pode servir a Deus e a si mesmo.

Portanto, o que eu considero ser bem-sucedido? Ter uma vida de total rendição à vontade de Deus. Isso não me impede de ter sonhos, nem me impede de buscá-los. Mas eles não se tornarão os “meus senhores”, porque apenas uma pessoa pode ocupar esse cargo sobre minha vida: O Senhor. E as decisões que eu tomar vão mostrar quem tem ocupado esse cargo.

Eu não tenho vergonha de dizer que ainda não sou bem-sucedido. Muitas vezes o meu senhor tem sido os meus sonhos: carreira, esposa, família… Mas acredito que, assim como em diversas outras áreas da minha vida, Deus pode e vai atuar nessa também. E dia após dia eu vou poder afirmar e reconhecer ainda mais que “a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável.”

Fiquem com Deus e busquem O Reino acima de todas as coisas 🙂

Gabriel.

O Bem-Sucedido (part. 1)

Na reunião dos adolescentes da semana passada conversamos sobre “O que é ser bem-sucedido”.
Hoje estava ouvindo uma música que me lembrava esse tema e resolvi compartilhar com vocês:

Você pode ter a casa repleta de amigos
Paredes e pisos cobertos de bens
Ter um carro do último tipo
E andar conforme der na cabeça

Ou pode até ser um cara que vive apertado
Até mesmo dentro de um lotação
Curtindo assim mesmo num fim de semana
Ao andar conforme der na cabeça

Mas sempre será como folha no vento
Esperando o momento de cair
Você pode ter tudo aquilo que sonhar
Mas nunca terá a paz que existe lá dentro
Que não se encontra pra poder comprar
Porque essa paz só tem a pessoa
Que se encontra com Cristo

Vale a pena meditar nessa letra!

Até quinta,

Fiquem com Deus,

Gabriel.

Deus e a democracia

Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas.
Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.
Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá.
Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal.
Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência.

Romanos 13.1-5

As eleições de 2014 acabaram de acabar. Nesse momento já sabemos quem serão os nossos governantes pelos próximos quatro anos. Uns estão felizes com o resultado, outros estão tristes. A verdade é que independente de seu candidato ter ou não ganhado nas urnas, todos nós estaremos submetidos aqueles que foram escolhidos pela maioria da nação.

Sempre achei interessante esse conceito de cidadão dentro do ponto de vista cristão. É como se nós vivêssemos uma espécie de dupla nacionalidade. De um lado temos o nosso compromisso com o Reino de Deus e do outro lado o nosso dever cívico como brasileiro. Afinal de contas, será que é possível viver plenamente em ambas esferas? O que fazer quando temos algum conflito? Como manter tais esferas em harmonia?

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Mateus 5:44 ou Romanos 12:21

Mais um tiro que me crava no peito;
Mais uma palavra que me fere de morte.
Meus joelhos cedem,
Minha mente dorme,
Meus sentimentos são lançados à sorte.

"Irai-vos, mas não pequeis."
Irai-vos! 
E o fogo arde!
Há muita lenha pra queimar,
Então retiro a trava.
Vamos ver quem é que tem a última palavra!

Mas...
Não haverá palavra.
Não haverá fim
Quando os meios são a própria realidade.
O caos querendo curar o caos.
Ali não habita a Verdade.

Então, cale-se você que grita em mim!
Apague o fogo da sua vingança!
Não é preciso ser como criança?
Não está tudo resumido no amor?
Prevaleça, pois, a Verdade;
Que o ódio não receba mais calor.

E que venham com pedras e punhais,
Com suas artimanhas e loucuras.
Que quebrem as minhas pernas,
As minhas mãos,
Que arranquem as minhas unhas.
Meu coração sofre, e não cede,
Estarrecido não em ódio, mas em dor.
O furor? Agora escorre pelo rosto.
O choro pela alma perdida
Gritará: "Há saída!
A rebelião tem cura!
Há pecado, mas há Vida!
O sangue que precisava ser derramado, 
A gente já derramou! 
E foi para a liberdade que Ele nos libertou!"

Por isso, venham como vierem,
Minha arma será o amor
E minha munição será o sangue dos meus joelhos.
Enquanto houver esperança
Eu oro.